“NINGUÉM ME CONTOU!” – Sobre o Meu Intercâmbio

Hey Talkers, sou a teacher Marina e aqui vou te contar sobre coisas que não me disseram antes de eu ir para meu intercâmbio, ou seja, vou te contar um pouco sobre coisas que podem acontecer em um uma viagem e eu só aprendi com a experiência. Foram várias surpresas que, pelo menos para mim, ninguém falou, e como eu sou um amorzinho de pessoa vou compartilhar com vocês!

Então, para iniciar vou começar falando de como começou essa ideia toda de eu fazer um intercâmbio.

Quando eu tinha doze anos, disse ao meu pai que queria viajar, estudar em outro país, ele disse que sim, eu poderia, mas primeiro eu teria de estudar inglês, então lá fui eu, fui matriculada em um curso de idiomas e estudei por bastante tempo (cinco anos) pra poder viajar depois que acabasse o ensino médio.

Aprender inglês requer estudo e tempo

E essa é a primeira coisa que ninguém fala, ou falam e você só não dá tanta bola assim, aprender inglês requer estudo e tempo, não acontece de uma hora para outra, dedicação é essencial.  Depois então disso, lá fui eu, a “expert em inglês” (com muita ironia), com dezessete anos embarquei para terra da rainha para viver meu momento de glória. Glória até embarcar no avião!

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Você vai sim estar sozinho – Uma pirralha, com 17 anos, viajando sozinha pra morar sozinha a milhares de km de distância da minha mãe que sempre me salvou de qualquer perrengue. Então, ninguém conta, mas você vai sim estar sozinho, vai se virar sozinho, vai sorrir sozinho e chorar sozinho, enfim, lá fui eu para quinze horas de voo chorando do lado de um casal que provavelmente estava saindo em lua de mel, pois se beijaram de São Paulo até o Heathrow Airport.

 

Passando pela Alfândega – Quando desembarquei, na alfândega, expliquei minha situação, falei que iria estudar inglês, morar com uma família britânica. Pois bem, ninguém me avisou que eles poderiam me enviar para uma salinha, e pedir para eu esperar um pouquinho, e foi o que aconteceu, fiquei naquela sala por aproximadamente uma hora e meia esperando

com medo de ser deportada ou qualquer coisa desse tipo, enquanto na verdade, eles estavam me mantendo lá por segurança, os policiais da alfândega ligaram para a pessoa que ia me buscar no aeroporto sem eu saber e me mandaram pra lá para esperá-la, pois ela avisou na ligação que se atrasaria para me buscar. Mas custava ter me avisado o motivo da minha espera? Fiquei sofrendo, achando que havia algo errado à toa.

 

Travando no Inglês – Fiquei travada por duas semanas… isso mesmo, a adolescente que tinha estudado anos de inglês não conseguia falar uma palavra sequer, não tinha jeito! Eu pirei! Fiz minha mãe comprar passagens de volta na primeira semana em que cheguei, chorei, me arrependi, tive raiva dos alemães da escola onde estudei que falavam um inglês impecável e perfeito sem ter estudado cinco anos como eu.

Eu não conseguia comprar comida nem pegar o metrô, foi um início de intercambio muito complicado, foi um tanto quanto difícil de me acostumar, mas eu superei e depois desse período de adaptação as coisas foram se acalmando.

 

Conhecendo Pessoas Novas – Agora, se tem uma coisa que me ajudou muito foi conhecer gente nova, posso garantir que fazer amigos no intercambio é a melhor coisa que pode acontecer e você precisa disso, pois eles vão ser sua família e irão te ajudar em tudo, isso você só descobre depois de estar lá, ninguém conta.

E comigo foi assim, eu fui “adotada” por todos da escola onde estudei, eu era a mais nova então me ajudaram com tudo, menos a comprar roupas, pois ainda assim eu ligava para minha mãe que estava do outro lado do mundo pedindo o que ela achava da blusa que eu iria comprar.

Mal sabia ela que eu estava comprando roupas maiores do que eu usava aqui no Brasil, pois se tem uma coisa que você descobre no intercâmbio é que você vai comer muito fast food e sentir falta da comida brasileira.

Ah… você vai engordar!

Espero que tenham curtido o relato dessa minha experiência, e se forem viajar, lembrem dessas dicas e curiosidades.

See you soon.

 

Teacher Marina Belló (@nina_bello)